Ataques de lobos revoltam populações

Já há centenas de lobos ibéricos e os seus ataques têm sido cada vez mais frequentes, provocam a revolta das populações no norte do país e na Galiza. O Parlamento Europeu já discute se a espécie deve continuar a ser protegida.

São predadores de topo da cadeia alimentar, oportunistas, «espécies-chave» de um ponto de vista ecológico. Segundo Duarte Cadete, um dos biólogos da  Dear Wolf – empresa com alvará de turismo de natureza composta por biólogos especializados em vida selvagem –, estes contribuem para o «correto funcionamento do ecossistema», nomeadamente através dum «contributo direto no controlo de densidades» e «estado sanitário de espécies-presa como o javali, o corço e o veado». Além disso, de acordo com o especialista, distribuem-se pelas serranias e zonas mais remotas a norte do rio Douro, existindo ainda uma subpopulação a sul do rio Douro, na região centro do país, extremamente ameaçada. «Alimentam-se das presas silvestres e também ocasionalmente de animais domésticos não protegidos (ovelhas, cabras, vacas e garranos – cavalos semi selvagens). Também podem recorrer a carcaças de animais que morrem por doença ou outra causa no campo», explica Duarte Cadete. E, infelizmente, ao que parece, têm sido cada vez mais os casos de rebanhos mortos no norte do país. Os animais morrem, os lobos comem, os pastores desesperam. No Parlamento Europeu as opiniões dividem-se. Se há quem queria reduzir a proteção deste animal, há quem não compreenda como é que isso pode sequer ser assunto de discussão.  Mas, afinal, por que razão se têm visto cada vez mais animais destes em estradas e corriças e cada vez mais protestos das populações?

Fonte: sol.sapo.pt, 8 Maio 2023

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